
A Polícia Civil prendeu, na manhã desta terça-feira (29), Gabriel Ketzer, suspeito de atender ilegalmente crianças em unidades de emergência e urgência de Manaus. A prisão ocorreu durante a Operação Hipócrates, deflagrada pelo 1º Distrito Integrado de Polícia (DIP).
De acordo com a polícia, Gabriel é estudante de Educação Física, mas atuava como médico em instituições de saúde. Ele se apresentava como pediatra e ortopedista.
“Ele se identificava como médico pediatra e ortopedista. Fazia parte de um quadro de voluntários de uma fundação, de um instituto que promove atendimentos médicos voluntários na região metropolitana. Cooptava pacientes durante os atendimentos promovidos por essa entidade beneficente e também em um hospital universitário, onde coletava informações sobre pacientes e posteriormente oferecia atendimento especializado”, explicou o delegado Cícero Túlio.
Histórico
Essa não é a primeira vez que Gabriel é preso por exercer uma falsa profissão. O delegado detalhou que ele já havia sido detido por se passar por oficial das Forças Armadas.
“Ele já havia sido preso anteriormente por se passar por um oficial das Forças Armadas. Usava, na ocasião, um fardamento de tenente e respondeu por falsa identidade. Todas essas vestimentas foram apreendidas. Como falso médico, pelo que foi apurado preliminarmente, sabemos que ele atua há pelo menos dois anos”, afirmou Cícero Túlio.
A polícia recebeu uma denúncia anônima sobre a atuação de Gabriel e, a partir disso, iniciou o monitoramento pelas redes sociais. Durante a investigação, os agentes identificaram mais informações por meio de pacientes que haviam sido atendidos por ele.
O Em Tempo entrou em contato com a Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas (SES-AM), que esclareceu que o suspeito de se passar por médico não é servidor e não há registro de contrato com o mesmo no Órgão. A secretaria não foi notificada e aguardará o desdobramento das investigações, colocando-se à disposição da Polícia Civil do Amazonas para colaborar com o processo.
Gabriel Ketzer vai responder por falsidade ideológica, exercício irregular da profissão, curandeirismo, charlatanismo, uso de documento falso, emissão de atestado médico falso e estelionato em desfavor de vulneráveis.