Em uma decisão que tem gerado polêmica, o juiz Lucas Couto Bezerra, da 2ª Vara do Tribunal do Júri da Comarca de Manaus, determinou a soltura de Elias Eduardo Antunes de Souza, acusado de esfaquear uma colega de trabalho no Centro Universitário Fametro em setembro de 2022.

Elias, que será monitorado por uma tornozeleira eletrônica, teve a liberdade concedida com base no argumento de estar “pronto à ressocialização na sociedade”, conforme alegado por seu advogado, Euler Vilaça Batista Borges.

A defesa apresentou laudos médicos e documentos que incluíam leituras e resenhas de livros, sugerindo que Elias está preparado para deixar a prisão. O advogado Borges destacou que o acusado está segregado do convívio familiar há mais de um ano.

O juiz sustentou sua decisão afirmando que os motivos que levaram à prisão preventiva de Elias não subsistem mais.

Contudo, o acusado deverá cumprir medidas cautelares rigorosas, incluindo o uso da tornozeleira eletrônica, a proibição de se aproximar da vítima e familiares, comparecimento mensal à Justiça para justificar atividades, a proibição de sair de Manaus sem autorização judicial, e recolhimento domiciliar noturno, das 20h às 06h.

Além disso, o magistrado nomeou a irmã de Elias para representá-lo no processo, uma vez que ele foi considerado “inimputável” devido a uma doença mental.

O caso envolveu o ataque a uma colega na biblioteca da Fametro, seguido pela tentativa de Elias de se jogar da janela.

A vítima foi socorrida pelo Samu e recebeu tratamento no Hospital 28 de Agosto, onde levou 10 pontos no ferimento.

A decisão judicial levanta questionamentos sobre a segurança e a ressocialização de indivíduos envolvidos em casos de violência.