
A cidade de Rio Preto da Eva, no Amazonas, foi surpreendida com revelações chocantes durante a Operação “Emergência 192” realizada pela Polícia Federal nesta nesta quinta-feira (28). O alvo da investigação, o prefeito Anderson Sousa, teve sua casa revistada, resultando na apreensão de uma série de itens que geraram grande repercussão.
A operação, que tem como objetivo combater crimes de desvio de recursos públicos e fraude à licitação, levou os agentes da Polícia Federal a vasculharem a residência do prefeito Anderson Sousa em busca de evidências relacionadas aos contratos firmados pela Prefeitura de Rio Preto da Eva em 2020 para a compra de medicamentos hospitalares e uma ambulância.
No decorrer da investigação, que se iniciou a partir de denúncias sobre a eficácia dos medicamentos adquiridos sem licitação, surgiram suspeitas sobre a idoneidade da empresa contratada, cuja atividade principal não tinha qualquer relação com o setor hospitalar, mas sim com o comércio varejista de materiais de construção.
O que mais chocou os investigadores foi a descoberta de indícios de conluio entre as empresas concorrentes nas licitações, manifestado por propostas com similaridades textuais e erros ortográficos idênticos, sugerindo um acordo prévio para manipular o resultado dos processos licitatórios.
Outro fator que chamou a atenção foi a rede de relacionamentos pessoais e de confiança entre os sócios das empresas investigadas, incluindo relações afetivas e procurações outorgadas. Essas conexões indicaram uma possível falta de competitividade e isenção nos processos licitatórios, uma vez que alguns desses sócios haviam ocupado cargos de assessoria comissionada na Prefeitura de Rio Preto da Eva e tinham vínculos políticos e pessoais com outros investigados.
A análise das transações financeiras revelou saques fracionados e transferências suspeitas nas contas bancárias das empresas envolvidas, logo após os pagamentos feitos pela Prefeitura.
No entanto, a surpresa maior veio quando a PF realizou buscas na casa do prefeito Anderson Sousa. Além das apreensões de três armas de fogo, munições e documentos, os agentes também encontraram artigos de luxo, incluindo relógios caros e carros de luxo.


Informações preliminares indicam que o vigilante do sítio de Anderson Sousa em Rio Preto foi preso, e a arma encontrada na casa do prefeito gerou especulações de que a PF estava próxima de deter o próprio prefeito e seu cunhado. A Operação “Emergência 192” continua em andamento, e a sociedade aguarda ansiosamente por mais desenvolvimentos sobre as investigações e as possíveis ramificações desse escândalo que abalou a cidade de Rio Preto da Eva.