Na manhã desta terça-feira (20) os empresários Mauro Lúcio Mansur da Silva e José Paulo de Azevedo Sodré Neto,  donos das empresa Tumpex, Construtora Soma e Comtaj, foram presos preventivamente pela Polícia Polícia Federal durante a Operação Entulho.  A empresa Tumpex, que presta serviço de coleta de lixo, desde a primeira gestão de Arthur Virgílio Neto, estava sendo privilegiada com contratos da Prefeitura de Manaus, e é o grande alvo da operação sendo suspeita de desviar milhões de reais dos cofres do município.  Somente em 2017, a Prefeitura de Manaus, por meio da Secretaria Municipal de Limpeza Pública (Semulsp), repassou para a Tumpex um contrato de R$104.477.920,82. Esse valor de quase R$105 milhões seriam referentes aos serviços prestados de janeiro a junho, ou seja, a Tumpex recebeu cerca de 17 milhões por mês.  Este seria apenas um dos inúmeros contratos que foram destinados a empresa em questão.  Segundo a PF, as investigações tiveram início há três anos e mais 30 outras empresas teriam sido criadas de fachadas para lavar dinheiro. R$245 milhões em notas fraudulentas supostamente foram emitidas durante o período de 2016 e 2021, justamente para desviar as verbas públicas. Desse montante, mais de R$100 milhões foram sacados na boca do caixa de bancos. Os órgãos envolvidos apuram indícios encontrados durante as investigações de prática de diversos crimes, tais como: sonegação fiscal, organização criminosa, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro. Até o momento, 13 mandados de busca e apreensão foram emitidos, além de 8 mandados de prisão, que foram destinados aos empresários Mauro e José, além de outros seis funcionários das empresas investigadas. Vale ressaltar que nas primeiras horas da manhã dezenas de viaturas se deslocaram até o Condomínio Riviera, localizado no bairro Ponta Negra, na zona Oeste de Manaus. No luxuoso residencial seria onde Mansur e Sodré moram. Contratos da Soma No final de dezembro, a Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seminf) e a empresa Soma firmaram um acordo visando a execução do projeto de “recuperação ambiental, requalificação social e urbanística do Igarapé do Mindú”. Conforme estabelecido no edital de concorrência pública 006/2017, o prazo estipulado para a conclusão das obras é de 360 dias corridos. Neste contrato, a Soma recebeu quase R$62 milhões, conforme divulgado no Diário Oficial do Município em 28 de dezembro.